sexta-feira, setembro 28, 2007

Perder a Inocência - Capítulo VII - A Caixa do Segredo

Peço desculpas aos assíduos leitores deste blog e desta novela, pelos vários dias sem editar mais um episódio, mas infelizmente os meus deveres profissionais têm ocupado todo o meu tempo. Estou a fazer tudo para ter um BOM. LOL!
Agora com estes dias de férias aqui vai mais um episódio. Mais uma vez: SORRY!


Puxado por um braço, Manela levou-me para um quarto nos anexos da mansão. O quarto era pequeníssimo e só tinha uma cama grande de ferro, um colchão de palha de milho, sem lençóis e sem colcha. Ao fundo do quarto uma janela e uma cadeira velha de madeira, com uma pia e uma jarra em cima.
Disse-me que era o quarto que o Sr. Costa, que é o jardineiro da casa, usava-o para se lavar e mudar de roupa. Como não vivia no casarão, não precisava mais do que aquele simples quarto para estar à vontade.
Fiquei à porta do quarto, não quis entrar. Manela avançou e agachou-se do outro lado da cama como quem procura algo que se encontrava debaixo da cama. Reapareceu com uma caixa de madeira e colocou-a em cima da cama. Sentou-se na cama e olhou por um instante antes de admiradamente questionar:
- O que fazes aí parado? Vá, entra e fecha a porta! Não quero que ninguém nos veja. – Entrei e muito devagarinho fechei a porta. – Não vês que te vou mostrar um segredo! Mais ninguém sabe… só eu e tu. Anda, senta-te aqui ao meu lado.
Muito obediente avancei devagarinho, não sei se era medo ou ansiedade, ou mesmo incredibilidade do que poderia vir a acontecer. Sempre esperei por este dia. Há anos que sonho e desejo poder estar assim com uma rapariga… mas naquele momento não sabia o que devia fazer.
Sentei-me no canto da cama do outro lado da caixa e esperei que a Manela abrisse a caixa, mas antes acrescentou:
- Vai ser o nosso segredo, só nosso. Há muito que o tenho e ninguém sabe. Prometes que não dizes nada a ninguém? A ninguém, mesmo?
- Não digo. Prometo que não digo nada a ninguém. – Já há muito que não dizia uma palavra, nem me lembro de ouvir-me respirar, se quer.
- Vamos abrir a caixa? Estás preparado? – concordei e preparei-me para ver o tal segredo.
Com um sonoro “clique” Manela abre a caixa depois de ter pressionado o botão da fechadura com os seus longos, finos e delicado dedos, e com as duas mãos começou a levantar suavemente a tampa de madeira da caixa de segredos.

Continua (desta vez mais breve que da última)

1 comentário:

Zana disse...

Deixas sempre a gente com água na boca e a salivar até ao próximo episódio.
Muito bom, como sempre.
Bjssss