sexta-feira, junho 27, 2008

O chefe quer que falemos tb de coisas sérias!


Os pontos-chave do Tratado de Lisboa

Novos cargos e mudanças nos modelos de decisão estão entre os aspectos mais relevantes
O novo tratado facilita a tomada de decisões e reforça a capacidade da acção externa da
União Europeia

  1. Presidência do Conselho
    O Conselho Europeu elege um presidente por maioria qualificada, por um mandato de dois
    anos e meio, renovável uma vez, sem poder executivo. Assim, as presidências rotativas da
    União Europeia terminam, mas mantêm-se ao nível de alguns conselhos de ministros.
  2. O "ministro dos Negócios Estrangeiros europeu"
    É criado o cargo de alto-representante da União para os Negócios Estrangeiros e Política de
    Segurança, que funde os cargos do alto-representante para a Política Externa e do
    comissário para os Assuntos Externos. Concentra as vertentes intergovernamental e
    comunitária da acção externa (é um dos vice-presidentes da Comissão).
  3. Decisões por maioria qualificada
    A aprovação por maioria qualificada no Conselho exige uma maioria dos Estados (55 por
    cento, 15 Estados) e da população da União Europeia (pelo menos 65 por cento). Em cerca
    de 40 domínios a unanimidade deixa de ser necessária (como segurança energética ou
    ajuda humanitária de emergência). A unanimidade mantém-se necessária para políticas
    fiscal, externa, de defesa e de segurança social. Entrada em vigor em 2014. Até 2019,
    qualquer Estado pode pedir a aplicação do sistema de Nice.
  4. Minorias de bloqueio
    Têm de reunir pelo menos 13 Estados-membros ou, em alternativa, 35,01 por cento da
    população (com um mínimo de quatro países). A cláusula de Ioannina, incluída numa
    declaração anexa ao tratado, permite que um pequeno número de Estados-membros possa
    ainda pedir que uma decisão seja examinada de novo.
  5. Parlamento Europeu
    A co-decisão passa a ser a regra, com algumas excepções. Passa a aprovar todas as despesas da UE. Confirma a escolha, feita pelo Conselho (por maioria qualificada) do presidente da Comissão.
  6. Comissários
    A partir de 2014 a Comissão terá um número de comissários europeus igual a dois terços do número de Estados-membros.
  7. Parlamentos nacionais
    Continuam a poder pronunciar-se sobre propostas legislativas, tendo oito semanas para as
    analisar quanto ao respeito pelo princípio de subsidiariedade. Se um número significativo
    declarar que desrespeita esse princípio, a Comissão tem de justificar a proposta legislativa,
    se a quiser manter.

Sem comentários: