terça-feira, julho 15, 2008

Sexo e a cidade


Quem me conhece sabe que eu até gostava da serie, a vida fútil daquelas mulheres fizeram-me rir várias vezes, passando pelas roupas ridículas aos gajos bons que por lá passavam, mas houve alguém que se lembrou de fazer um filme da série e tornar num blockbuster que pelos vistos ficou aquém de se tornar um êxito de bilheteiras. Mas sobre o filme..... nada melhor que ler a critica feita pelo critico de cinema Luís Miguel Oliveira do "Público" publicado no site cinecartaz, ao qual ele dá uma imagem exacta de um episódio gigantesco........

"Houve em tempos quem acreditasse que a televisão podia ser cinema em ponto pequeno. Hitchcock, Renoir, Rossellini, alguns dos maiores cineastas da história. Hoje estamos no pólo oposto, e são cada vez mais os filmes (e os cineastas, e os espectadores) que acreditam que o cinema é apenas televisão em ponto grande. Nem percebemos porque é que nos sentimos surpreendidos a dizer o que vamos dizer, mas "Sexo e a Cidade", transposição para cinema da série, é só televisão e nada mais do que televisão, um episódio penosamente alongado (duas horas e um quarto!) sem uma ideia, um plano, que permita ao espectador confundi-lo com um filme.
Admirável honestidade, se quisermos ver a coisa assim: "Sexo e a Cidade" chama os admiradores da série à sala de cinema e oferece-lhes... mais um episódio. Abstemo-nos de generalizar e fazer especulação quanto ao que aconteceria se outras séries da moda fossem "ampliadas" para exibição em cinema (mas provavelmente confirmar-se-ia que uma boa série de TV, sendo uma boa série de TV, é apenas uma série de TV - aquilo a que chamamos "cinema" fica distante, ontológica e quase antiteticamente, como distante está do enxame de filmes que parecem ser apenas boas séries de TV).
No caso concreto, é espantoso como o que parecia, no televisor, possuir um mínimo de sofisticação, se revela paupérrimo no écrã grande, cruelmente revelador, de uma sala de cinema. Espanta (para lá de todo o primarismo formal e narrativo) a falta de distância, a empatia com que o filme olha para este grupo de mulheres mimadas e desinteressantes, o retrato estereotipado da mulher "moderna" e "urbana" (de Mizoguchi a Cukor vai um mundo que as séries de desconhecem), consumidas por preocupações sentimentais que só se distinguem das do correio das leitoras da "Maria" porque estas escreveriam para a "Vogue". Em "Sexo e a Cidade" não há vida, não há sangue, não há sinceridade, não há mundo." in Cinecartaz, Luís Miguel Oliveira.

6 comentários:

Anónimo disse...

Concordo. Apesar de ser uma fã incondicional da série.. o filmezito ficou um pouco a aquém....

Conselho de amiga.... NÃO GASTEM DINHEIRO.... bom filme pra sacar da net e ver em pleno inverno num dia de chuva com um chazinho bem quentinho

Anónimo disse...

tirando a cena no resort mexicano aquilo não valeu os 6 euros.... bahhhh

Anónimo disse...

eu gostei foi um episodio giro....

Anónimo disse...

ahhhhhhhhhhhhhhhh... houve gente que foi ver isso....lol

Anónimo disse...

eu gostei da pila do vizinho da outra.... do que se viu... fikei com agua na boka

Pedro Morais disse...

PORKA!